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16 Melhores Técnicas e Métodos de Estudo para Concursos Públicos

 

Eu não sei você, mas eu não aprendi métodos de estudo na escola.

Passei anos sentado em cadeiras bem desconfortáveis e não houve uma alma bondosa que me ensinasse a estudar de verdade.

Aí entrei na “faculdade” e adivinha o que aconteceu?

Nada!

Até aprendi algumas técnicas de memorização paras as provas, tive alguns professores carismáticos que ensinaram algumas informações importantes…

Mas, nenhum professor parou e me deu dicas de técnicas úteis de formas de memorização e aprendizado.

Também NINGUÉM me indicou nenhum livro sobre o tema relacionado ao assunto.

Às vezes me pergunto se alguém no universo acadêmico realmente entende sobre estudo e memorização.

Bem, felizmente, quando precisei estudar para concursos encontrei excelentes livros e professores que me ensinaram técnicas que TURBINARAM MEU APRENDIZADO.

E, são essas técnicas que vou compartilhar com você neste artigo.

Preparado?

Algumas das informações colocamos no vídeo abaixo:

 

 

 

Mas, vamos pelo início…

Afinal, o que é estudar?

 

Podemos iniciar com um conceito:

“Estudo é o esforço ou trabalho que uma pessoa aplica para aprender algo”Ou seja, estudo é tudo que você faz para conseguir aprender qualquer coisa…

 Mas como funciona esse aprendizado?

Veja só: Segundo Sócrates, o aprendizado funciona em três momentos:

Momento 1: Aprendizado – é quando se tem o primeiro contato com a aula ou livro;

Momento 2: Apreender: momento de revisão e meditação sobre a matéria. É quando você de posse de suas anotações, resumos, flash cards ou mapas mentais passa a revisar e refletir sobre a matéria.

Momento 3: Prática: é quando você consegue utilizar o conhecimento adquirido na prática.

No caso de estudo para concurso ou Enem, quando você faz exercícios e verifica na prática como você vai utilizar o estudo.

É quando você fixa o conteúdo de forma permanente.

Resumindo: Aprender -> Apreender -> Praticar

Então meu amigo para você aprender (e apreender) além de assistir a aula ou ler o livro, você terá que revisar e colocar em prática o que aprendeu. E não sou eu quem tá dizendo hein: é sabedoria antiga 🙂

Mas antes de entrarmos em algumas das principais técnicas de estudos, preciso fazer um alerta que faço em quase todos os artigos: Qualquer método ou técnica de estudo deve ser usado com inteligência.

Ou seja,

é preciso testar e ver se funciona para você! Não é porque um estudo informou que é eficaz ou o bam-bam-bam dos concursos falou que funciona, que você deve aplicá-lo.

De maneira nenhuma!

Você terá que aplicar os métodos e técnicas de estudo e analisar se estão dando os resultados esperados.

E como medir?

Simples, veja se está aprendendo e confira se está conseguindo memorizar o conteúdo com o método escolhido.

Existem inúmeros métodos de estudos e nem todos funcionarão para você.

Cada pessoa tem seu estilo, características, facilidades e dificuldades, então você terá que permanentemente avaliar e escolher os melhores métodos levando em conta suas características.

A boa notícia é que você poderá também variar as técnicas, ou seja, nada é estanque, se você enjoou de resumos, faça flash cards ou mapas mentais.

Mas, antes de partir para os métodos, preciso explicar algumas características importantes do aprendizado.

 

Entendendo melhor como o conhecimento é acumulado

 

Tão importante quanto as técnicas ou métodos, é você entender como o conhecimento é acumulado. Entender isso te ajudará também a escolher as melhores técnicas de estudo.

Então, é essencial que você perceba como funciona a Agregação Cíclica do Conhecimento.

Em linhas gerais, a Agregação Cíclica do Conhecimento significa que os conhecimentos novos vão sendo agregados aos conhecimentos antigos, fazendo novas conexões e aumentando a velocidade de aprendizado.

Resumindo a ideia: Quanto mais você estudar, seu conhecimento e capacidade de aprendizado atingirão velocidades maiores e você conseguirá aprender e memorizar muito mais coisas em menos tempo.

Eu sei que parece “doido”, mas é realmente isso que acontece. Você poderá entender um pouco melhor sobre esse tema no artigo que preparamos: Quanto tempo devo estudar para ser aprovado em um concurso público.

Mas não basta apenas entender o que você estuda e o que é agregação cíclica do conhecimento, você também precisa entender como o conhecimento se forma. E ele é formado nas seguintes fases:

  • Fase do medo e euforia;
  • Fase da frustração e confusão;
  • Fase do conhecimento não integrado e sucesso;
  • Fase do piloto automático.

Vamos ver as características delas?

Fase do medo e euforia: você percebe a grande quantidade de matéria que tem para estudar e isso dá muito medo e vontade de nem começar. Mas, ao mesmo tempo, a possibilidade de adquirir o conhecimento com objetivo (ser aprovado) causa muita euforia.

Fase da frustração e confusão: nessa fase você tem a sensação de que não está aprendendo, que é matéria demais e a maioria desiste aqui mesmo. Os fortes mantêm o foco no objetivo!

Fase do conhecimento não integrado e sucesso: os que são persistentes conseguem nessa fase colher os primeiros frutos do conhecimento. Mas ainda não é um conhecimento automatizado, é como se você soubesse a informação, mas “está um pouco confuso” e desagregado.

Fase do piloto automático: uma vez prosseguindo nos estudos, chegará uma fase, na qual, o conhecimento será totalmente automatizado e solidificado. Você conseguirá ligá-lo a outros conhecimentos, consolidando as informações e percebendo que assimilou aquilo que foi estudado.

Sabe por qual motivo estou tocando nesse assunto?

Para você entender que, não basta ter técnica, você precisa saber como o aprendizado funciona para não ficar frustrado e desistir no meio do caminho. Infelizmente, já vi muitos bons candidatos morrerem na praia porque não entendem que o conhecimento é algo construído.

Bem, agora que você já está um pouco mais ciente de como funciona, vamos a algumas técnicas de estudo. Então, Vamos começar pelas técnicas matadoras?

 

1) A Técnica de Estudo de Corson

 

Dale Corson foi professor e presidente da Cornell University.

Ele observou que seus alunos de engenharia e ciências precisavam entender temas complexos aos poucos, “uma frase de cada vez”, para realmente compreender o conteúdo.

Com essa percepção, ele desenvolveu uma técnica simples que pode fazer toda a diferença. Essa técnica ficou famosa nos EUA no livro How to Study in College.

Então,

ela funciona apenas nos casos que você tem acesso a um professor, seja por aula presencial ou fórum de dúvidas de cursos.

Veja só:

Toda vez que você tentar entender o conteúdo e realmente não compreender, você deve procurar o professor ou o fórum de dúvidas.

Mas,

não basta procurar, você antes deve se perguntar:

“O que eu realmente não entendi?  “Qual parte eu não entendi? ”

Ao responder essas perguntas, você deve conseguir claramente apontar no texto qual parte não compreendeu.

Como já vimos, a compreensão ocorre em “uma frase de cada vez”, ou seja, você provavelmente entendeu boa parte do conteúdo.

Talvez seja uma ou duas frases que estão realmente causando confusão, e, cabe a você identificar quais são essas frases. Então quando pedir ajuda a um professor (ou colega) mostre exatamente qual parte do conteúdo você não entendeu.

As vantagens dessa simples técnica são inúmeras, mas podemos citar:

1)  Você poupou o tempo do professor que sabe exatamente o que você não compreendeu, com isso ele poderá ajudá-lo de uma forma mais efetiva (e ele ficará impressionado);

2) O professor sabendo exatamente o que você não entendeu, vai conseguir ajudar com uma resposta mais precisa e provavelmente você entenderá melhor a resposta;

3) Fazendo isso, talvez nem seja necessário perguntar ao professor, você talvez consiga descobrir a resposta sozinho! Sim, porque muitas vezes tentando achar nossa dúvida, acabamos achando a resposta.

Claro que para utilizar essa técnica você deve ter um bom professor ou um curso preparatório que tenha um fórum de dúvidas.

Se você quiser aprofundar mais sobre a técnica clique aqui e veja um artigo sobre o assunto (em inglês).

 

2) Técnica de Estudo “Repetição em intervalos”

 

 

 

A repetição em intervalos consiste em distribuir o estudo ao longo do tempo e não apenas em um bloco só, como por exemplo, estudar somente próximo para a prova, ou estudar toda uma matéria e depois estudar outra.

Ou seja,

você vai estudar os mesmos conteúdos em intervalos cada vez maiores ou menores, dependendo de seu aprendizado.

A prática funciona da seguinte forma:

se você estudou algo e percebeu que já aprendeu, você deixa para ver esse conteúdo depois de um longo tempo.

Mas,

caso você perceba que não aprendeu muito bem, ou ainda não está totalmente assimilado, você vai rever (com revisão ou estudo mesmo) novamente em um período mais curto de tempo.

O Estudo da Psychological Science in the Public Interest avaliou 10 técnicas de estudo e classificou a utilidade de cada uma delas.  O estudo descobriu que a técnica da repetição em intervalos é uma das melhores para o aprendizado.

Ou seja,

é mais interessante você estudar várias matérias ao mesmo tempo, em vez de uma de cada vez, e intercalar o espaço do conteúdo dentro de cada matéria fazendo revisões constantes.

O motivo é simples:

para lembrar algo, nosso cérebro precisa distribuir isso em 10% a 20% do tempo.

Explicando melhor:

Para aprender sobre um assunto que cairá numa prova daqui há 10 dias, eu preciso estudar o assunto pelo menos a cada 2 dias, ou seja, estarei espaçando o assunto em 20% do tempo. Se eu quero lembrar algo para uma prova que ocorrerá em 3 meses (90 dias), devo revisar pelo menos a cada 4 dias.

Bem,

antes que você esteja enlouquecendo e correndo para a calculadora, quero lembrar que isso não é exato.

Ou seja,

se você utiliza um método de cronograma para toda a matéria ou o ciclo de estudo você já está utilizando a prática distribuída.

Tudo que você precisa ter em mente é um bom método de distribuição de revisão, ou seja, dividir suas revisões de uma maneira que possa rever mais os conteúdos que tem mais dificuldade e menos aqueles que já assimilou.

Outra descoberta do estudo são os benefícios de revisar e estudar “tudo ao mesmo tempo” e não em blocos.

Uma dica legal é utilizar o software de controle de repetição de intervalo chamado Anki. Você pode utilizá-lo tranquilamente para suas revisões. Ele é totalmente grátis e funciona para Web, Android e IOS.

 

3) Técnica de Estudo de Viagens Mentais

 

A técnica das Viagens Mentais vem sendo utilizada por campeões de memória por muito tempo. É também chamada de Método de Loci.

O método tradicional funciona da seguinte forma:

Você imagina as informações que quer gravar como se fossem cômodos de uma casa ou palácio, você traça o caminho da casa com as informações que precisa em um caminho ordenado. Para a técnica funcionar, você terá que usar absurdamente a imaginação traçando o caminho e ir relacionando situações altamente memorizáveis (e talvez absurdas) para seu cérebro realmente memorizar.

O ideal é que seja um lugar que você conheça e coloque as informações em locais conhecidos.

O método em si dá bastante trabalho e eu recomendaria apenas para informações realmente relevantes, mas, não custa testar, vai que esse é o método que melhor funciona para você, não é?

Para uma explicação mais detalhada indicamos o artigo: Como Construir um Palácio da Memória. O artigo Método das Jornadas também pode ser uma boa fonte de exemplos e entendimento.

Veja também:

A técnica de Viagens Mentais foi analisada no estudo da Psychological Science in the Public Interest. O estudo solicitou aos estudantes que imaginassem figuras enquanto liam o texto. O resultado foi apenas positivo em relação a frases, ou seja, é uma técnica útil para decorar frases e conceitos constantemente cobrados em provas.

No entanto, para textos mais complexos, o resultado não foi bom. Também foi solicitado que essas visualizações fossem transformadas em desenhos, algo como os mapas mentais. Os desenhos também não trouxeram muitos resultados.

Entendo que para aprendizagem, os mapas mentais por si só sejam poucos efetivos, no entanto, para retenção do conhecimento e revisão, são ferramentas excelentes, principalmente para aqueles que possuem memória visual aguçada.

Ou seja,

Entendemos que os mapas mentais funcionam apenas quando combinados com a técnica de repetição de intervalos.

O método de Loci é um método avançado de estudos, e, eu recomendaria apenas para as pessoas que tentaram vários outros métodos e nada funcionou, ou ainda, para aquelas que querem testar se a memória melhora com o método.

 

4) Técnicas para evitar Akrasia

 

Akrasia é um termo escrito na época de Platão e significa “não ter comando sobre si mesmo”.

Existe toda uma teoria filosófica por trás do termo, mas, basicamente ele tenta explicar o que faz uma pessoa continuar fazendo coisas que a longo prazo vão prejudicá-la ou que a levarão a uma situação bem ruim.

A Akrasia tenta explicar, por exemplo,  qual o motivo de alguém continuar fumando mesmo sabendo que pode causar câncer, ou, alguém comer compulsivamente mesmo sabendo que o deixará obeso e provavelmente doente.

No caso dos estudos, a Akrasia aparece quando, por mais que saibamos que precisamos estudar e nos preparar, acabamos procrastinando o estudo, o que nos prejudicará no futuro. Também existe um termo um pouco complexo e intimamente ligado a Akrasia chamado picoeconomics, que tentando resumir de uma forma simples, nada mais é do que do que o entendimento de que tendemos a não dar tanta importância a eventos de longo prazo,

ou seja,

se a recompensa demora a chegar (como passar em um concurso ou prova), tendemos a não dar tanta importância e começamos a procrastinar, não realizando a tarefa.

Como você já deve ter percebido, temos a tendência de nos desmotivar com eventos demorados (concursos) e acabamos nos auto sabotando, fazendo qualquer coisa, menos as tarefas necessárias ao nosso sucesso (como estudar).

Para acabar com a Akrasia você precisa fazer 2 coisas:

  • Uma ferramenta de comprometimento: que obrigue você a fazer as tarefas no tempo planejado.

Para aqueles que compreendem bem a língua inglesa, existe um aplicativo chamado Beeminder. Com ele você define metas a serem cumpridas. Se você não cumprir a primeira vez, eles te dão uma “chance”, caso continue procrastinando e empurrando tarefas, você terá que pagar US$ 5. Quem sabe mexendo no bolso você não repensa sua procrastinação, não é?   Existem inúmeras outras ferramentas de comprometimento como: GoalsOnTrack’s, Lifetick, HabitList e Lift.

  • Um prêmio de compensação: outra forma de evitar Akrasia é se dar pequenos prêmios ao longo da tarefa, como por exemplo: depois de estudar esse capitulo vou tomar um sorvete, ou vou ver um vídeo engraçado no Youtube, ou qualquer outra coisa que dê prazer.

Uma ferramenta interessante é a Habitica, que é um tipo de RPG que obriga você a alcançar suas metas jogando. Parece divertido, não?   Uma observação importante é que você não deve fazer com que o prêmio demore muito, para não cair no mesmo erro que causa Akrasia (resultados que demoram tendem a ser esquecidos).

 

5)  Melhorar a Técnica Pomodoro

 

 

Provavelmente você já ouviu falar da Técnica Pomodoro.

É uma técnica simples que você configura um cronômetro para 25 minutos e estuda ou trabalha em apenas uma tarefa durante aqueles 25 minutos.

Você pode ver a técnica em mais detalhes no artigo que publicamos sobre a Técnica Pomodoro.

Essa técnica é excelente e muitas pessoas têm alcançado excelentes resultados com ela.

Mas existem algumas áreas que dá para melhorar a técnica, uma delas é alterar o tempo.

Existe um método diferente da técnica que utiliza 45 minutos de tarefa e intervalos de 15 minutos.

Ou seja, o método é excelente, mas eu aconselho você a experimentar diferentes intervalos e tempos de estudo, adaptando-os à sua realidade.

Outra coisa legal para utilizar a técnica Pomodoro, é deixar um pedaço de papel ao lado, e toda vez que lembrar ou acontecer algo que tire você da tarefa, anote. Faça uma anotação constante das distrações e com o tempo você poderá tomar atitudes para acabar com elas.

 

6) Aprender a usar o pensamento difuso e focado (concentrado)

 

Outra técnica interessante para quem está estudando, é aprender a usar o pensamento difuso e o pensamento focado.

Não sei se você conhece Magnus Carlsen, atualmente ele é o melhor jogador de Xadrez do mundo, mas em 2004, quando ele tinha apenas 13 anos, ele jogou contra Garry Kasparov, que era considerado o melhor jogador de xadrez do mundo e na época era considerado o melhor jogador de todos os tempos.

Se você observar a partida (veja aqui) , verá que Magnus se levanta e caminha pelo local.

Alguns estudiosos afirmam que o que ele está fazendo é utilizar o pensamento difuso.  

Mas afinal, o que é pensamento focado e pensamento difuso?  

Para entendermos o pensamento difuso, vamos tentar entender também o pensamento focado.

Pensamento focado: utiliza mais o córtex pré-frontal para focar em um conjunto de dados específico ou um problema específico, e se concentra naquela única situação. Ele não permite que seu cérebro trabalhe em outras ideias ou imaginações (de forma consciente).

Pensamento difuso:  é o pensamento que utiliza o cérebro como um todo, conectando diferentes ideias e informações não relacionadas, encontrando “atalhos cerebrais” para correlacionar coisas. É o pensamento livre e criativo, aquele que faz relações e imaginações.

Quando você está aprendendo algo novo, é melhor que você utilize o pensamento difuso, para que possa correlacionar com outras informações que você já possuía e realmente aprender e entender isso.

Se durante o aprendizado, você utilizar o pensamento focado, terá muita dificuldade para aprender, pois, demorará mais para entender e compreender a situação.

O pensamento focado é muito bom para problemas que você já entende ou coisas que você já fez ou analisou antes, por isso é importante que durante o estudo você combine ambos: o pensamento difuso, para aprender coisas novas e o pensamento focado, para analisar processos já conhecidos.

Na prática, eu recomendo durante o aprendizado usar e abusar de tudo que seja criativo (desenhos, recortes, resumos, mapas mentais, etc). Mas, durante a fase de resolução de exercícios, utilizar a atenção e se concentrar apenas naquela tarefa.

 

7) Calibre suas aulas

 

Você precisa aprender a calibrar seu aprendizado à velocidade que o professor explica, seja em uma aula presencial ou vídeoaula.

Você precisa calibrar a velocidade da aula com a velocidade que você precisa para processar a informação.

Se seu professor ensina muito rápido e você não consegue acompanhar a explicação, ou ele escreve e explica muito rápido e você não tem tempo para processar, você precisa criar métodos para solucionar esse problema.

Se você está fazendo um curso presencial, seria interessante ler algumas partes importantes do material antes da aula e já preparar seu cérebro para a informação que está por vir. Outra forma para solucionar o problema é perguntar ao professor sobre informações importantes e relevantes durante a aula.

Se seu curso for online, a solução é muito mais simples, você pode aproveitar da tecnologia e dar pause ou diminuir a velocidade do vídeo.

Outro problema é a lentidão, caso o professor seja muito lento, você poderá aumentar a velocidade das aulas ou até mesmo pular determinadas partes, caso seu curso seja online. Se seu curso for presencial e o professor lento, eu recomendo fazer anotações e resumos durante a aula para não perder a concentração.

 

8) Técnica de estudo Teste Prático

 

O estudo da revista da Psychological Science in the Public Interest  descobriu que o Teste prático é duas vezes mais eficiente que qualquer outra técnica de estudo.

Ou seja,

essa técnica não é opcional, é obrigatória.

Mas afinal, o que é Teste Prático?

No caso de quem está estudando para concursos ou Enem, são as questões de provas anteriores!

Ou seja, é você ver na prática aquilo que vai ser cobrado na prova.

Caso você queira se aprofundar nessa técnica, preparamos 2 artigos sobre o assunto: Como acelerar sua aprovação estudando por questões e 18 excelentes sites e aplicativos de questões de concursos.

 

9) Técnica de Estudo da Auto Explicação

 

 

O Estudo da Psychological Science in the Public Interest  revelou que a auto explicação é extremamente útil durante a fase do aprendizado, mas não mostrou grandes resultados para a fase de apreender como falamos acima e nem na fase prática.

Uma maneira interessante de utilizar essa técnica é dar aula a si próprio, imaginando que existam alunos. Essa técnica funciona muito bem para conteúdos abstratos, principalmente para ver se você realmente entendeu.

Ou seja, na primeira fase de estudos, quando você está aprendendo, use e abuse dessa técnica.

 

10) Técnica de Estudo Interrogação Elaborativa

 

Esse método funciona bem para a fase inicial dos estudos, quando você está sendo exposto ao conteúdo.

Ele serve para dialogar com o texto ou aula e sintetizar as principais informações.

Ele funciona da seguinte forma: você vai direto ao texto ou aula (ou professor) e procura cada uma dessas respostas:

Como isso funciona?

Por quê?

Qual a utilidade disso?

Qual é a efetiva aplicação desse material?

O que é mais importante aqui?

Qual é a importância disso para mim?

O que meu interlocutor está querendo? (pode ser seu professor, examinador, amigo, contendor etc.)

Vale a pena gastar tempo com isso?

O quanto eu preciso aprender desse assunto?

Quem disse isso? Onde eu aplico isso?

Quando (em que ocasião) isso vai ser útil?

No momento que você conseguir respondê-las, anote e faça um resumo.

No estudo científico da Psychological Science in the Public Interest  a utilidade desse método foi considerada moderado.

 

11) Técnica de Estudo de Resumos

 

 

O estudo Psychological Science in the Public Interest   mostrou que a técnica de resumo é melhor do que grifar os textos e reler.

Mostrou também que ele funciona melhor para provas escritas e nem tanto para objetivas.

No geral, o estudo  da Psychological Science in the Public Interest  classificou a técnica de resumos como de utilidade baixa. Entendo que o estudo pecou ao não analisar o resumo como ferramenta de revisão, mas simplesmente como ferramenta de estudo.

Ou seja,

o resumo colocado em uma revisão certamente é uma importante ferramenta, mas ele por si só não contribui muito para o aprendizado.

Para aprender mais sobre resumos veja o artigo que fizemos que ensina como fazer resumos.

 

12) Técnica de Estudo de Recursos Mnemônicos

 

 

É uma técnica também muito utilizada, que nada mais é que criar frases para memorizar fórmulas, conceitos ou listas.

Muitos concurseiros estão familiarizados com a famosa SoCiDiVaPlu para decorar os Fundamentos da República do Brasil (SOberania; CIdadania DIgnidade da pessoa humana; VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa; PLUralismo político).

O estudo da Psychological Science in the Public Interest  mostrou que os recursos mnemônicos somente funcionam quando as palavras são fáceis de lembrar e as palavras chaves são importantes. Então, utilize quando a situação permitir, mas não servirá para memorizar todo o conteúdo.

 

13) Técnica de Estudo da Leitura e Releitura do Texto

 

Essa técnica consiste apenas na releitura do texto. Foi o método menos efetivo de todo o estudo da Psychological Science in the Public Interest  e só teve algum resultado na releitura, repetido diversas vezes seguidamente do mesmo texto.

Ou seja, é como pegar um capítulo de um livro e reler diversas vezes no mesmo dia.

Sinceramente, eu não achei interessante, mas, vale a tentativa.

 

 

14) Técnica de Estudo de Marcações

 

 

Outra técnica muito popular entre os estudantes é o grifo do texto.

O Estudo da Psychological Science in the Public Interest  mostrou que é uma técnica pouco efetiva, simplesmente porque exige pouco esforço e o cérebro acaba “não dando importância” para aquilo que exige pouco esforço.

No entanto, novamente alerto que ela pode ser extremamente útil se combinada com a técnica da revisão.

 

15) Método de Estudo e Leitura SQ3R

 

 

Não podíamos deixar de citar o famoso método de leitura chamado SQ3R.

O método foi criado em 1946 pelo psicólogo educacional Francis P. Robinson, e funciona da seguinte forma:

S – Survey (Pesquisa) : é a primeira etapa do método, você “dá uma olhada” ou “sobrevoa” a matéria para ter uma ideia geral do que vai estudar.

Aqui, você prepara seu cérebro para assimilar a informação. Você “passa os olhos” mesmo. É importante que seja uma olhada rápida, sem aprofundar, talvez apenas ler as primeiras frases de cada tópico.

Q – Question  (Question):  Nessa fase, você pega o título e tenta descobrir que tipo de pergunta pode ser feita sobre o assunto. Assim, você vai preparando o seu cérebro para a próxima etapa. Algumas perguntas interessantes:

  • Sobre o que é este capitulo?
  • Que tipo de pergunta o texto está tentando responder?
  • Como essa informação vai me ajudar?

Essa etapa deve durará entre 3 a 5 minutos, mas vai motivá-lo a aprofundar no texto.

1R – Read (leia) – Agora sim, você lê o texto. É uma leitura com vontade e profundidade.

2R – Recite (recite) –   Aqui, o leitor com suas palavras formula os conceitos do material tentando identificar os principais pontos e responder claramente as perguntas da fase 1 (Q). Não é apenas recitar, é meditar sobre o material (pode fazer resumos, mapas mentais ou flash cards nessa fase).

3R – Review (revisar) – Ao final, você tenta revisar e resumir o assunto principal do texto.  Uma boa ideia é reler com profundidade os resumos que fez.

 

16) Método de Estudo e Leitura 0K4R

 

 

Outro método muito popular entre os estudiosos é o OK4R, sistema desenvolvido pelo Dr. Walter Pauk e funciona da seguinte forma:

O – Overview (Visão Geral) –  Antes de começar a ler um capítulo, passe os olhos rapidamente por ele e leia o primeiro e último parágrafo de cada capítulo. Faça um resumo do que o capítulo trata (geralmente o primeiro e último parágrafo sintetizam essa informação).  Depois, leia todos os títulos e subtítulos dos capítulos e todas as palavras em itálicos, ou sublinhadas. Veja todos os gráficos e figuras e tabelas, ou seja, preste atenção em qualquer coisa que se destaque no capítulo.

K – Key Ideas (ideias principais) -> sem anotar nada, procure no texto as principais ideias do capítulo, tente entender e perceber quais são.

1R – Read (leia): leia todo o capítulo rapidamente, sem pausas. Não diminua a velocidade nem tente relacionar com outros fatos.

2R – Rite ( formalize): anote as principais e os tópicos. Tente anotar pelo menos 3 informações para cada subtópico.

Não copie, tente anotar com suas próprias palavras.

3R – Relate (relacione):  agora é o momento de meditar sobre as informações, relacionando-as com os capítulos anteriores e outras informações do texto.

4R – Review (revise):  a revisão não deve ser feita no mesmo dia, você deve revisar alguns dias depois e continuamente revisar o conteúdo.

 

Aplicando as Técnicas de Estudo

 

v vistoSaber estudar é uma arte não dominada por muitos. Se você chegou até aqui significa que leu todo artigo, ou seja, você está muito a frente da maioria.

Teste as técnicas aqui ensinadas, veja se são aplicáveis à sua realidade e não esqueça de nos contar os resultados. Nosso objetivo aqui é ajudá-lo a alcançar seu sonho, e, temos certeza que agora está um pouco mais perto.

Vamos revisar? Abaixo fizemos uma lista de todos os métodos de Estudo:

 

Métodos de Estudo:

  1. A Técnica de Estudo de Corson
  2. Técnica de Estudo “Repetição em intervalos”
  3. Técnica de Estudo de Viagens Mentais
  4. Técnicas para evitar Akrasia
  5. Melhorar a Técnica Pomodoro
  6. Aprender a usar o pensamento difuso e focado (concentrado)
  7. Calibre suas aulas
  8. Técnica de estudo Teste Prático
  9. Técnica de Estudo da Auto Explicação
  10. Técnica de Estudo Interrogação Elaborativa
  11. Técnica de Estudo de Resumos
  12. Técnica de Estudo de Recursos Mnemônicos
  13. Técnica de Estudo da Leitura e Releitura do Texto
  14. Técnica de Estudo de Marcações
  15. Método de Estudo e Leitura SQ3R
  16. Método de Estudo e Leitura 0K4R

 

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